segunda-feira, 29 de novembro de 2004

...O Palhaço que há em nós...


... O Palhaço que há em nós ... vem mesmo a calhar, não sei bem porquê, mas cada um de nós tem um pouco de palhaço, como diria o "outro": "Palhaço companheiro da vida", é bom fazer rir... vem isto, o ser-se palhaço, a propósito ou talvez não, de um texto interessante que passo a transcrever, aqui e ali ligeiramente alterado...

"Numa qualquer cidade de um qualquer país, um homem procurou o médico. Expôs-lhe o seu problema. Sentia-se inútil. Um tédio terrível dominava sua pobre vida. Uma tristeza profunda derretia seu coração. Não tinha prazer em nada. O médico disse-lhe então:
- O senhor deve fazer uma viagem por terras desconhecidas e ficará bom.
- Doutor, já percorri meio mundo e cada vez fico pior.
- Então o senhor deve dedicar-se a hortaliças, ou flores e terá alegria na vida.
- Doutor, tudo isto já fiz.
- Então, o senhor deve passar uma temporada no campo, gozando da paisagem e respirando ar puro.
- Doutor, voltei há pouco de uma temporada no campo, gozando da paisagem e respirando ar puro e de nada adiantou. - Experimente beber e fumar.
- Bebo e fumo, doutor, e sou cada vez mais infeliz.
- Saia á noite, divirta-se.
- Tenho ido e nada me tem adiantado, Doutor.
O médico não sabia mais o que recomendar ao seu paciente. Lembrou-se, então, que havia na cidade um grande e famoso circo e que um palhaço notável a todos fazia rir. E o médico disse ao homem:
- Está na cidade um circo e nele há um palhaço que faz todo mundo rir e o senhor, ouvindo esse palhaço, vai ficar curado.
E o homem disse ao médico:
- Doutor, esse palhaço sou eu...

Fazia todo mundo rir, mas era triste. E quanta gente hoje "resolve" os problemas dos outros e, no entanto, vive num oceano de amargura, tristeza e enormes conflitos?"


1 comentário:

Anónimo disse...

Ótimo!!! Sintético e criativo.
Interessante que eu declava este poema quando seminarista (faz muito tempo) com um colega: era um diálogo em que era o palhaço e ele o doutor.
Não tínhamos este resumo tão ilustrativo.
A propósito, o nobre mestre pode me dizer o Título ou o Autor deste Poema para que eu possa resgatá-lo e relembrar, com nostalgia é claro, àqueles tempos?
Muito lhe agradeceria pela sua gentileza se puder me ajudar.
Luiz Bezerra luizbz@codevasf.gov.br