Abruptamente...Fino.

Passei os olhos pelo Abrupto de José Pacheco Pereira, figura por quem nutro enorme admiração, não só por partilharmos a mesma tendência política, mas fundamentalmente pela forma "Wild" que Pacheco Pereira adopta. Com o devido respeito cito aqui uma passagem do seu Post intitulado "Carlos Fino em Bagdad" "...Mas Fino não é um jornalista objectivo, nem nada que se pareça. Já me reduzo a considerar objectividade, apenas a procura de objectividade, que isso qualquer pessoa sabe o que é , sente se existe. Fino é um jornalista programático, que desenvolve o seu trabalho em função da sua opinião e só vê e só comenta o que com ela coincide. Se analisarmos os seus relatos da guerra, na estadia anterior, eles revelam um enorme desequilíbrio, insisto, enorme. O que Fino relatou, dia após dia, não só não se verificou como foi contrariado pelos factos de forma gritante. Fino continuou na mesma, imperturbável, mesmo quando a queda de Bagdad de Saddam, foi um desmentido flagrante do que ele dizia na véspera..." Concordo plenamente, de resto a minha opinião, critica, vai mesmo um pouco mais longe e nada tem a ver com posicionamentos políticos. É indiscutível, pelo menos para mim, que a jornalista mais competente de todos quantos passaram nos vários palcos de guerra que Geroge Bush tem fomentado no Mundo, é a Carmen Marques da tvi. Politicamente de esquerda, a Carmen conseguiu aquilo que Carlos Fino nunca alcançou, e tudo sem práticas menos éticas como por exemplo pagar 5 mil dólares para tentar impedir uma colega de entrar no Iraque. Infelizmente a Carmen está na tvi e não fazendo parte do lobby "lambe botas" da redação de Queluz de Baixo não foi escolhida para regressar a Bagdad e dar continuidade ao excelente trabalho que ali realizou. A grande diferença entre Fino e Carmen é que um não consegue esquecer os "Senhores a quem serviu nos tempos da ex União Soviética" e o outro, sendo de esquerda, não esquece os horrores que viveu na Ex-União Soviética quando ali tirou o seu curso de comunicação social. De resto, como diria Claude Lelouch ," Les uns et les outres "...