sexta-feira, 18 de julho de 2003

Correio Desalinhado
Após um dia de grande actividade, porque isto de estar Desempregado tem que se lhe diga, regressei ao aconchego do Lar para assim colocar a escrita em dia. Congratulo-me com a actividade, febril, dos desalinhados. Começo pelos meus Amigos Catedráticos, eheheheh aguenta-te meu Caro António para tudo na Vida há que saber esperar. vamos então a um raro momento de auto-crítica...porque se somos desalinhados aceitamos e fazemos auto-crítica...
- Eu, tenho andado chato como tudo, são momentos, o Bom tempo está de volta, prometo...
- Espectacologica anda empenada com os impostos, os Ivas e os Irssss, amiga, sai à noite, bebe uns copos, engata uns gajos esquece lá isso...ou isso.
- Jorge, desculpa lá mas és mesmo a nossa consciência, tudo o que dizes tem propriedade, e já agora não fiques chateado, quem disse que os desalinhados são inconscientes? Erro crasso meu Amigo, inconscientes são os outros Infelizes que são muito certinhos...certinhos????
Os Mestres estão bem, mas nem todos...
- Orgasmos, não sei que te diga...após tantos anos consegues ainda surpreender-me...bebo avidamente as tuas palavras...estou esmagado!
- António depois de 2 dias de franca inactividade, dou-te os meus parabéns, estás a animar-te rapaz continua a indicar-nos o caminho do Amor...e se conseguires acalmar a tua "Mana" dou-te um doce...
- Bôbo, ainda estás vivo?
- Orfão, zzzzzzzzzzzzzzz
- Rui, que seca Meu!
- "R", vê lá se deixas de escrever a merda dos texto no Word que é para passares a ter acento...nas ideias.
Quanto aos nossos Caloiros...
- Shots, após uma entrada de caloiro sinto evolução na coisa, há  esforço e isso é muito importante, as criticas fazem do nosso crescimento...começa a prepara os copos para os shots.
- Helénica, quem?

Recebi mais um simpático Mail do Real, obrigado pelas palavras e se me permite vou transecrever um poema, fabuloso, de um desalinhado que eu próprio já aqui citei...aguentem- se meu Amigos...

Todas as cartas de amor são
Ridí­culas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridí­culas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridí­culas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridí­culas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos, 21-10-1935 (heterónimo de Fernando Pessoa)

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